domingo, março 21, 2004

O meu amigo mais bem sucedido na vida tem o seu próprio negócio. Tenho muita inveja dele por isso. Ele não precisa de ouvir chefes tentar justificar uma opção, só para não parecerem demasiado autoritários ou chefes a ser demasiado autoritários ou chefes.
O único senão são os clientes que passam a vida sempre a encontrar algum defeito: é o hamburguer que está mal passado ou a pita que já está fria ou a cerveja que não está suficientemente gelada ou a roulote que não abriga suficientemente da chuva...

domingo, março 14, 2004

Acho que já tenho bilhete para ver os "Pixies".
É uma pena que tenham de vir a um festival, gostava mais de os ver à séria, ou seja, no Coliseu (eles merecem e eu também). Os festivais são uma seca brutal como constatei na única vez em que assisti a um como deve de ser (durante três dias e com tenda de campismo e tudo). Passam-se horas a assistir às evoluções musicais de gajos que nunca verias na vida, caso não estivesses à espera daqueles que realmente te fizeram gastar um balúrdio para ali ir, e isso até poderia ser bom, essa novidade, mas não, normalmente não é.
E o pior de tudo é que como têm que tocar 300 bandas numa só noite, ouves para aí quatro canções e um encore e está tudo acabado. E se tiveres mesmo azar o Pacman e a namorada (eles são altitos) ficam mesmo à tua frente a lambuzarem-se um ao outro.
Os jogos de futebol aos domingos de manhã...
Não sabe nada bem acordar ao domingo às 9 horas, independentemente do que se fez ou do que se saiu na noite anterior, acho que só pode ser uma questão religiosa.
Mas eu até gosto de ir jogar (pouco, jogo muito pouco), de vestir o equipamento, calçar as meias até ao joelho e os deslocados ténis de futsal para ir dar uns toques na chincha ali para o piso sintético da universidade de agronomia (aquilo lá dentro é um mundo). Passa-se no entanto, algo de extremamente grave com aquele local, é que não passa uma semana em que não surjam conflitos graves e divergências insolúveis, há duas semanas atrás um colega de equipa teve o azar de falhar um golo de baliza aberta e foi prontamente abatido a tiro pelo defesa central que por sinal era seu irmão. Outros três habituais jogadores continuam ainda desaparecidos depois de uma acesa discussão por causa de uma bola-na-mão-barra-mão-na-bola.
Mas se há uma coisa que eu destesto ainda mais que as entradas de pitons em riste, ou as boladas vertiginosas em partes mesmo sensíveis do corpo é o jogador recém-chegado que berra com aqueles que ainda não conhece coisas do género:
É fácil!!; não custa nada!!; ou ainda, estou aqui estou a apoiar o Santana para Presidente!!
Se fosse fácil mais valia ficar em casa a dormir, pois não há coisa mais fácil, e sempre nos poupávamos a convivências perigosas.