terça-feira, abril 27, 2004


Ingénua e prematuramente julguei que nada poderia suplantar a fatídica cadeia de acontecimentos merdosos que me atingiu no início deste ano. É que só no espaço de uma semana desloquei o meu joelho (que ainda está algures em Benfica), descobri que o meu carro precisa de um transplante de cérebro que me vai custar um balúrdio e que a simpatia de um mecânico é directamente proporcional ao custo do arranjo (no último dia que por lá passei despediram-se de mim com flores e violinos, alguns chegaram mesmo a deixar escapar uma ou outra lágrima) e assisti horrorizado à taquicardia do meu computador (que felizmente começou a recuperar depois de eu ter apagado 42 gigabytes de fotografias das bailarinas do tchan).

domingo, abril 11, 2004

“Em Jerusalém um homem chegou atrasado à sua própria crucificação, o que inicialmente causou algum mau estar entre os espectadores. Tudo se ficou a dever a uma ingénua e comum desatenção: uma porta precipitadamente fechada com a chave correspondente imprestavelmente isolada do lado errado (e todos sabemos como é difícil encontrar um serralheiro de confiança em cima da hora).
O espectáculo no entanto viria a valer a pena e ficaria na memória de todos por muitos anos. Seguiram-se vários dias de festejos, alegria e fartura, no fim dos quais se decidiu que por via das dúvidas todos poderiam folgar aos domingos menos os serralheiros.”
(do livro perdido de Eliasebundo)

“…E a sua mulher se voltará para ele, o seu marido, e já não será uma mulher! E então o pecador irá perceber que tem um armário cheio de roupa de mulher que não é usada! E o pecador usará a roupa da sua mulher!! E irá gostar!!! E fará combinações de cores cada vez mais originais e interessantes…
(do livro de profecias de Mme. Campos)